But I am a Gilmore!

Vou começar declarando que não sou uma escritora nata, disse para o Jr que passo mais tempo pensando no que poderia escrever, do que escrevendo o que penso [tá, não com essas palavras, mas é isso mesmo].

Engraçado como muitas vezes não achamos aquilo que procuramos, e como encontramos o que nunca sonhamos ter, certo, nem tudo que achamos é bom, como assim nem tudo que procuramos é encontrado [entende?], o fato é de que algumas coisas, pessoas, memórias, sentimentos, sensações e tudo aquilo que faz nosso coração achar que bater não é só uma necessidade, mas também um prazer, torna no final o verbo encontrar simplesmente mais fácil e muito melhor que o procurar, não acha?

Cerca de um ano atrás sem procura alguma, porque até aquele dado momento eu já tinha esquecido de procurar, eu encontrei um menino, um doce menino, que me fez gostar de estar mais no orkut, que por mais que outrora eu tivesse pensado que ele era de uma forma diferente, de outra forma tão ocasional ele me provou o contrário [e eu gostei disso =D].

Ele me trouxe muito mais do que eu poderia procurar, ele me trouxe presentes que nenhum dinheiro na vida pode comprar, ele me deu presentes que são comprados, mas jamais vendidos [você não pagaria o valor inexistente], risadas, olhos emocionados, saudade de algo que eu nunca tive dele, um abraço, esteve ao meu lado da forma que ninguém que não esteja longe pode entender. Sempre que algo me fez ficar triste eu desejo encontrar aquele algo que vai me fazer ficar feliz de novo. Desejo aquela emoção, eu desejo que pessoas como ele apareçam para me trazer mais daquilo que faz bem. Talvez nunca e sempre essas coisas se pareçam, pessoas vieram e foram, pessoas vão vir e vão ir, pessoas chegarão e ficarão, pessoas são cicatrizes, porque assim como só um machucado profundo as deixa, assim o amor por certas marcam, assim como momentos divertidos com elas marcam, assim como as palavras delas marcam, assim como o olhar e tudo o mais. Pode ser que muitas delas nem imaginem que causem isso, penso que muito mais do que elas saibam é o que você aprendeu e guardou, pode ser que muitas dessas também não sejam tão importantes, mas algo seu é por causa delas. O Luis Augusto Carneiro Júnior pode dizer feliz: “eu sou uma cicatriz, porque um dia eu deixei a minha marca em alguém!” E esse alguém um dia ouviu dizer que cicatrizes são como medalhas e essa pessoa sabe que medalhas são valiosas. Esse alguém vai ter o prazer de saber que uma cicatriz [seja lá como ela esteja] chamada Júnior está em seu ser e a pessoa vai saber o motivo.

Júnior, a não procura fez o verbo encontrar ser maravilhoso.

Juliana.